segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Coerência? Coesão? Unidade de sentido?

Subi a porta e fechei a escada.
Tirei minhas orações e recitei meus sapatos.
Desliguei a cama e deitei-me na luz.
Tudo porque ele me deu um beijo de boa noite.
(Autor anônimo)

Lendo o poema acima, nos indagamos: há coerência? O texto é coeso? Qual a unidade de sentido? O(a) autor(a) quer dizer alguma coisa?... São tantas as indagações, mas a resposta é simples: nosso universo linguístico e nossas experiências culturais e cognitivas nos permitem perceber a magia dos sentimentos expressos pelos amantes. Podemos claramente enxergá-los beijando-se com ardor. Assim sendo, todo o poema expressa sentido, transportando-nos aos sentimentos do(a) autor(a)... E por que não dizer: aos nossos próprios sentimentos? Aqui, tudo tem coerência, as palavras se aprofundam em significados e é possível, sim, recitar sapatos, deitar-se na luz, fechar as escadas... Ai, ai... Apreciem!

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